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O PORTAL

CAPITULO 15

ACORRENTADA

***

Quando Damiel vê que Samael não tem nenhum pano resolve tomar a dianteira

- Samael! distrai Faziel que vou entrar por cima, já que você não tem um plano. Fala Damiel. Levantando voo silencioso. Samael chegou perto do grande portão encostou-se no pilar colocando o pé encostado nele. Faziel veio chegando e perguntou:

~.~ O que você quer aqui?

Samael respondeu calmamente:

// Sou um guia. Trouxe pessoas para passear e elas se perderam você não as viu? Espero por elas. ~.~ NÃO!

Responde Faziel com jeito de "poucos amigos". Samael diz debochado:

// Claro que não! Você nem tem olhos. O que você é? Uma aberração? Faziel estica o peito como se fosse dar um grande grito... Samael inclinou o pescoço ameaçador

De repente ouviu gritos de pavor... Samael inspirou forte o vento gelado da montanha e tentou entrar, sendo barrado pelo grande guardião com um sopro forte e um berro. ~.~NÃO PODE ENTRAR AQUI!!!!

Samael diz tentando dissuadir o grandalhão:

// Eu ouvi gritos! Podem ser as pessoas que eu trouxe a essa malita montanha.

~.~Não estão aqui dentro

Retrucou Faziel bem zangado.

Os olhos de Samael tornaram-se negros sua pele gélida. Uma fatia de lua pairava sobre ele deixando sua pele branca. Ele olhou para o outro lado para enganar Faziel porque notou que o portal se abria para sair alguém... E quando abriu... Ele num impulso deslizou no chão entrando no recinto no mesmo tempo em que a criatura saia. Dentro da fortaleza Samael foi facilmente descoberto por que todos ali estavam vestidos de branco ou azul, ele era o único que vestia preto. Samael lutou bravamente, mais foi detido por centenas de mãos que o agarraram e levaram ao calabouço. Lá ele encontrou Jahel e Damiel. // Onde está Liliel? Perguntou assustado. - Está na nave da fortaleza, ela é um trunfo contra os Vigilantes. Eles não podem invadir a Fortaleza enquanto Liliel for mantida prisioneira. Se As sentinelas e os vigilantes se encontrarem no mesmo solo sagrado onde estiver minha filha, ela emana uma luz cortante, como laser e extermina as duas facções e a si mesmo. E como nenhuma das duas facções tem coragem de arriscar ficam afastadas uma da outra e Liliel pobrezinha permanece acorrentada. Nós também não estamos diferentes. Nossa corrente é feita de material celeste vamos passar a eternidade aqui se ninguém nos ajudar. // E quem ajudaria? Se nós fomos todos pegos e presos e quem poderia ajudar está ali.

Diz Samael apontando para Jahel, ,

- O que ele tem? Está desmaiado? = Acho que não! Só não quer reagir. Samael que sempre foi muito afoito pede aos asseclas que o levem para falar com o líder deles. um dos guardas afasta-se, depois volta pegando Samael pela corrente e levando-o. Damiel grita apreensivo.

– Fica calado! Enquanto Samael caminha por salões enormes vai tendo uma visão total de tudo. Até chegarem onde está Azieel que sarcástico lhe pergunta:

- O que você quer? Você tem coragem! Sabe quem sou eu? Ele responde sem pestanejar observando toda reação dele.

// O líder? Ou mais um subalterno? Se você não for o líder ele está escondido. -Não me subestime rapaz sou um querubim. Liliel mais a frente acorrentada pelos braços abertos presos a cada extremidade da nave, não mexe um músculo. Samael pergunta?

Liliel Acorrentada...

// Quem é essa? Sua escrava? – Não! Uma divindade! – - Divindade essa criaturinha? E solta uma gargalhada estardalhosa. - Divindade presa eu nunca vi! Quem é ela Athena? A Deusa do Olímpo? Voce está tirando onda com a minha cara não é? Azieel bate o cetro no chão dizendo: - Cale-se Não blasfeme. Ela é O Nefilin. // E daí? Não parece assustador, vou lá ver de perto. E vai bem perto de Liliel observa tudo, onde fica os grilhões, a parede em volta. Quando se vira para voltar até Azieel continuando seu estrelato.... Passos ressoam na escada... Do outro lado da sala. Um sujeito alto e esguio com nariz aquilino e cabelos pretos desgrenhados apareceu. Olhou primeiro para Samael depois se virou para Liliel e um sorriso bem vagaroso apareceu em sua face languida. Aproximou-se... E perguntou:

=: É ela? Você não contou que ela fosse tão agradável aos olhos.

Ele disse isso passando as costas da mão na boca de lábios finos e brancos. Com um sotaque irlandês. Azieel retruca: - Também não disse a ela que você é assim tão desagradável nem tampouco que relaxa a boca antes de esboçar um sorriso. O sujeito apoiou o seu peso na corrente que prendia Liliel e disse:

=: Olá Nefilin! O meu nome é Talius. Com relutância Liliel levantou os olhos e olhou em silêncio para aquela figura sem noção. Samael intrometeu-se: // Será que estou interrompendo alguma coisa, cavalheiros? Azieel disse

– Não!!

E Talius na mesma hora em uníssono disse:

=: Sim! Samael fala tentando interromper o que quer que seja:

// Desculpe-me! Eu cheguei primeiro fica no seu lugar de subalterno.

E vira as costas para Talius. De repente ele pulou sobre Samael e os dois caíram no chão trocando socos. Aquele som de punhos batendo contra carne e de tecidos sendo rasgado fez Liliel olhar com atenção. Ela percebeu nas costas nuas de Samael Duas cicatrizes grossas que atravessavam as costas começando na altura dos rins e subindo até as escápulas, unindo as pontas em forma de V de cabeça para baixo. As marcas eram tão grotescas que Liliel soltou um gemido de horror. Samael notando isto. Empurrou Talius para longe dizendo:

// Sai de cima de mim. Azieel também se manifestou

– Parem de brigar os dois agora! Vocês vão trabalhar juntos. =:// O quê?

Disse os dois em ressonância. - Sim vocês serão os guardiões do Nefilin. Ninguém pode se aproximar dela a não ser comigo. Samael gostou disso, e quase não consegue esconder o contentamento. Ele estando ali pode protegê-la mesmo que seja com a sua própria vida. Liliel está pensativa

*=“Samael é um anjo! Mas que asas enormes eram as dele? Que espécie de anjo é ele? Por isso tem a Marca de nascença como a que tenho. Senti pelo olhar dele que vai me ajudar, mas como fará?”

São muitas perguntas sem respostas...

A SEGUIR UM TEXTO DE HUDSON KERLEY

***

Os Anjos não falam.

----

Anjos são vazios de dúvidas

E nos invejam por nossas ignorâncias. Seus olhos tão displicentes e cheios de abismos..

Carregam tristezas. Os mortais sabem tão pouco sobre quase nada,

Possuem a graça de poder morrer sem nem mesmo se auto-conhecerem.

Mas os anjos não! Anjos não choram e não aprenderam a sorrir.

Eles não possuem temores.

São precisos, frios, soberbos e arrogantes. Eles nos invejam! Sete anjos entediados...

Anjos não sabem brincar. Demônios são tristes também.

Eles queriam poder voar, mas demônios são mal vistos

E não têm por quem clamar.

Os demônios choram! Eles sentem dor.

E como os mortais sabem pouco sobre quase nada,

Por isso foram contemplados com o dom de questionar. Os demônios questionam os anjos,

Mas os anjos os desprezam por não saberem rezar.

Sete anjos, sete respectivos pares de azas.

Calculou consigo o demônio humildemente

Curvando-se diante do sétimo anjo

Este Anjo, que dele desviara o olhar: -Por que ter asas se já nasceste livre?

Já vives nos céus não tens pra onde voar.

Pela primeira vez um anjo fechou os olhos.

Ele não sabia. Do alto de sua elucidação,

Buscou nos limiares de todas as existências

Uma resposta pra si mesmo.

Longe de ele demonstrar consideração a um "ser inferior". O anjo indiferente de olhos evanescidos

Sentiu-se enfim feliz diante do não saber. O demônio sonhava ter azas para se libertar.

Demônios nascem condenados. Mas um anjo nasce livre e soberano,

Indiferente e inacessível. Qual o sentido das asas dos Anjos?

Qual o sentido das asas dos Anjos?

Qual o sentido das asas dos Anjos?

Ao olhar pela primeira vez nos olhos de um espectro,

O anjo retribuíra o presente

Que acabara de ganhar do pobre demônio. Confuso, percorreu no típico silêncio dos anjos

As dimensões inarráveis do habitar do Gênesis. Subitamente viu nascer dentro de si o primeiro sentimento. Ajoelhando diante da descoberta

O sétimo anjo gritou sua renúncia as asas que lhe sustentavam. Nesse instante os mortais continuaram mortais. Nesse instante os demônios continuaram demônios. Mas o anjo não era mais anjo. Nem anjo, nem mortal, nem demônio. São as asas que fazem dos anjos... "Anjos". Mas a ausência delas não os torna espectros ou mortais.

......

==================================================== FIM DA 3ª PARTE


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