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A CONFISSÃO

  • Katia Kristina
  • 30 de ago. de 2016
  • 20 min de leitura

CAPITULO 11

***

Jahel terá que contar a Liliel o que está se passando

No pequeno espaço que liga a sala de estar e o quarto, Jahel caminha lentamente até Liliel que acorda e o chama... Toda a vida dele é passada em sua mente. A casa de seus pais a mansão dos “Mont. Serra” a sua infância feliz com seus pais que até então não sabia ser adotivos. Os momentos furtivos com sua doce Shally, a faculdade onde seus amigos o adoravam e também o invejavam por ter a mulher mais bonita da Universidade. Até aquele maldito dia em que teve o desprazer de encontrar... A Prole do demônio”, o anjo perdido que tornou sua vida um inferno, o maldito ser que fez dele um assassino, caça e caçador, esteve a beira da loucura quando viu sua amada morta em seus braços, morta pelo mar que eles tanto amavam, esse maravilhoso mar que por tantas vezes foi testemunha do amor dos dois. Esse mesmo mar que a levou para sempre. Jahel passou de amado a evitado, as pessoas que o invejavam agora o olham desconfiados, Eles têm receio de seu olhar enfurecido que parece fuzilar. Jahel vive a caça do querubim maldito, está sempre à espreita de encontrá-lo a qualquer momento, não dando mais atenção para seus amigos e companheiros de antes. Todos esses pensamentos o martirizam! Leva-o a uma tortura muito grande. Além do sofrimento dele o padecer desta moça que só queria ser feliz, que tinha conseguido com o seu grande amor afastar o “lado negro” da alma de um anjo-demônio. Essa pequena e frágil criatura que ele destruiu a vida e que agora precisa dizer a ela... Que...

Que ela trás uma nova vida em seu ventre.

= JAHEL! ANJO MALDITO CADÊ VOCÊ? (Susto!) - Jahel chegou ao quarto quase sem perceber... E assusta-se. = Você está surdo? Estou a tempos perguntando para onde me trouxe. Jahel a olha com ternura aproxima-se, senta-se a beirada da cama e faz menção de acariciar-lhe os cabelos e diz: - Estamos em minha casa. Liliel de um salto afasta-se se encolhendo na cama e cobrindo-se, porque está seminua, O médico a despiu para tratar-lhe o ferimento. Ela respondendo com a voz firme:

= Afaste-se de mim anjo maldito!

Jahel recolhe rápido, a mão que faria o carinho e a olha ternamente. Os olhinhos dourados da pequena Nefilin estão confusos...

*= "O que esse anjo maldito está querendo"

Liliel pensa encolhendo-se mais. Como se adivinhasse seus pensamentos ele fala tranquilamente: - O que é isso Liliel? Não tenha medo de mim! = MEDO? EU? Não temo a ninguém!

Liliel fala entre os dentes. O rapaz continua:

- Preciso lhe dizer uma coisa, sente-se ao meu lado!

Jahel está muito terno, olhando para a moça que mais parece um rolinho de pano lá no canto dá uma pancadinha na cama ao lado dele e diz:

- Vem sente-se aqui perto de mim.

= O que? Ao seu lado? Não! Eu não sou sua amiga! Não quero intimidades! - Calma Liliel! Preciso lhe dizer algo sério que vai mudar sua vida... Bem... Nossas vidas! Ela o olha em silêncio. Jahel sacode a cabeça em descontentamento e aponta um camiseiro de madeira maciça no canto do quarto junto a um abajur colonial e diz;

- Tem umas camisas ali na primeira gaveta pode usar. Liliel com a curiosidade aguçada prepara-se para levantar... Mas volta dizendo:

= VIRE-SE! - Sim!

Concorda Jahel. Ela levanta vai até o tal camiseiro e antes de abrir a gaveta, vê em cima de uma caixinha de música sob a luz do abajur, uma correntinha com um pingente coração, disposta em formato também de coração, ao lado, um caderno com alguns rabiscos entre eles a frase:

“Perdoe-me meu querido amor... por não ter conseguido salvá-la! Não tarde a levar-me com você, por favor.

Liliel neste momento chegou a sentir-se penalizada. Abre a gaveta pega uma camiseta de malha e veste, fica parecendo um vestido devido a diferença de altura dos dois. Enquanto ela vai lavar o rosto, Jahel trás um copo com água, puxa um banquinho põe na frente da cama e espera. Liliel volta do toalete com os cabelos jogados para trás, penteados com os dedos, com a mão molhada. Jahel nota sua palidez, mas como a moça perdeu muito sangue ele fica calado. Ela senta-se, põe a toalha nos joelhos, as mãos sobre a toalha e com ar debochado diz:

= Sou toda ouvidos! Jahel olha de relance para o copo com água sobre a “MC” e respira fundo. - Bem Liliel o que vou lhe dizer agora vai mudar seus planos, mas saiba que eu continuarei por nós dois.

= Para de rodeios peste! Diga logo!

E levanta-se esbravejando! Jahel puxa-a fazendo-a sentar novamente na cama e fala com firmeza:. - Fique sentada aí moça malcriada e me ouça!

Liliel que é muito corajosa olha-o bem dentro dos olhos falando com autoridade: = Já te disse Anjo dos infernos, para não por a mão em mim! Como a ultima coisa que ele quer é brigar, Jahel concorda voltando ao assunto... - Ta bom garota! Só escuta o que tenho a dizer é difícil então ajuda ficando quieta.

Agora Liliel se assustou e sentou imóvel, não pela autoridade dele, mas pelo tom de gravidade que ele demonstrou. E Jahel continua visivelmente nervoso.

- Saiba que terá todo meu apoio e de meu amigo João Victor! Bem... O que estou tentando dizer é que... "Olha-a de frente" Bem... Você vai ser mãe, daqui a mais ou menos sete meses...

E cala-se esperando a moça esbravejar contra ele. Mas, Liliel não diz nada reina entre eles um silêncio assustador. De os olhos arregalados, com as duas mãos para trás apoiando-se na cama, ela fica em silêncio e olhando direto para Jahel. Depois levanta-se, anda de um lado para o outro com a mão na cabeça como um bichinho acuado, senta-se novamente apoiando os cotovelos nos joelhos olhando para o chão. Jahel continua em silêncio... Entende a luta intima que a moça está travando e tudo que passa pela mente dela nesse momento. De repente ela fala num tom baixo, quase sem voz: = Vou ser mãe? Eu? Não posso! Jahel segura o rosto dela com ternura tenta acalmá-la. - Como não? É o fruto de seu amor com Argus! Ela olha o rapaz nos olhos como se fosse a mais cortante lâmina incandescente:

 = Amor que você destruiu!

Jahel abaixa a cabeça em silêncio. Naquele momento o universo parecia ter parado de se mover naquele quarto. Tantas coisas aconteceram... Lágrimas amargas escorrem no rosto da moça . Ao ver o desespero de Liliel os olhos de Jahel se encheram de lágrimas tímidas que tremiam na ponta dos Cílios, como um pedido de desculpas por estarem ali sem serem convidadas. Liliel se recobra e empurra Jahel para longe de si e continua: = E agora? Como vou me vingar? E se descobrirem? Virão destruir minha criança? Ou tirá-la de mim? O que farei agora? Viu o que fez anjo maldito? Terminando a frase Liliel procura suas coisas para deixar a casa de Jahel, sabe que será o primeiro lugar aonde virão. Ele a segura firme pelo braço, mesmo ante a luta dela para livrar-se de suas mãos, não a solta. – Liliel! Escuta-me, por favor! Não faça nada precipitado! Precisamos pensar antes de agir eu sei que voce tem ódio de mim, mas esse não é o momento! pensa no seu bebê e tenha calma, por favor. A garota se acalma um pouco. Jahel continua: Em primeiro lugar precisamos procurar seus pais eles poderão abrigá-la. = Não! Deixe-os fora disso! Não quero perde-los também! - Mas... E sua criança? Eles podem ajudá-la e podem também cuidar dela como cuidaram de voce até Argus te tirar do "abrigo"

= Como voce sabe disso?

- Eu investiguei tudo para seguir pistas da "prole do demônio" se ele te encontrou é porque sabia tudo sobre voce

Liliel pensa um pouco... E conclui:

= Em Viena existe um “ferreiro artesão” ele forjou minhas kamas e minha espada, vou pedir-lhe que me faça um colete em forma de espartilho que me protegerá de armas branca e modelarão minhas formas me ajudando a esconder por uns meses a gestação, o querubim está tão preocupado em esconder-se de nós que talvez não sinta que estou grávida e assim podemos continuar com nosso plano. Jahel fica apreensivo e pergunta:

- Vai colocar sua criança em perigo?

Lilielo alerta: = Pensa Jahel! Ele nos quer vivos para algum feito. Jahel vê que a moça tem razão. Se ela conseguir esconder a gestação por algum tempo, eles continuarão procurando e melhor, a criança estará protegida, porque nunca irão desconfiar que Liliel a pusesse em riscos. Ele permitirá o tal espartilho até que não dê mais. Então Liliel sumirá de vista voltando depois de a criança nascer e colocarão seu plano em ação.

E assim fizeram!

O ferreiro forjou fios leves de cobre e manganês platinado para fazer um espartilho que não permitisse a entrada de armas branca. Liliel esmerou-se em defesa pessoal e partiram em busca de Azieel. Por diversas vezes estiveram a ponto de matar o querubim, mas ele estava sempre rodeado de asseclas que davam a vida por ele e não deixavam nenhum ponto vulnerável. Ao completar 06 meses de gestação e não podendo mais esconder sua barriga sem colocar em risco a vida do feto. Foi para Veneza ficar com seus pais que ao saber de toda a história a levou para Mumbai (Bombaim) na índia. Por ser a maior cidade da índia e do mundo, tinha mais facilidade em escondê-la. “Terra natal de sua mãe”.

Enquanto isso sozinho Jahel vivia no encalço de Azieel. Não soube mais nada de Liliel (era o combinado, que não mantivessem contato por precaução ) Christ superprotegia a filha cobrindo de mimos para compensar um pouco do tempo em que viveram separadas, porque precisou afastar a filha ao completar 03 anos de idade. As sentinelas estavam tentando encontrar o Nefilin de sangue puro. Contava nos pergaminhos, que um Nefilin exterminaria a falange dos renegados".

A criança nasceu... Todos tiveram o cuidado em não fazer alarde sobre o nascimento para não chamar a atenção da falange de Azieel.

Liliel cumpriu o período de resguardo e aleitamento necessário para vida e saúde da criança e agora volta a Veneza onde pretende encontrara Jahel para continuarem as buscas.

Nem mesmo o nascimento do bebê, dissuadiu Liliel de sua vingança, isso é ideia fixa, nada a faz esquecer tamanho ódio.

É fim de tarde em Veneza quando Liliel chega. Por alguns momentos ela se perde em lembranças com a beleza do pôr-do-sol que a encantava todo anoitecer na Ilha de Vértice. O Sol já está de alaranjado para vermelho, um Sol frenesi! Uma paisagem mágica que a encantava tanto enquanto vivia na Ilha! Dizia os mais velhos:

"que ao se despedir da terra e dar a vez a sua amada lua o Sol produzia uma nuance perfeita como presente a divindade Ísis. A Lua"! Perdida em pensamentos maravilhosos ela quase esquece todo mal que lhe aflige... Mas, como em um estalo maligno... Ela lembra que foi assim, em um pôr-do-sol perfeito que perdeu seu amor. As lágrimas correm por seu rosto e antes que se findem os últimos raios de luz solar. Vira-se, olha firme para frente, como se ali houvesse uma trilha onde deve seguir. Enxuga as lágrimas com um gesto brusco e segue em frente sua sina...

.......

Liliel Depois de dar a luz

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CAPITULO 12

CAÇADOR DE ANJOS?

***

Liliel caminha apenas uns passos quase arrastando sua mochila

Quando avista um táxi; Corre até a estrada e acena rápido antes que alguém o faça; = Taxi!

- Para onde vai senhorita?

Pergunta o taxista abaixando-se para abrir a porta, Ela joga a mochila no banco e responde enquanto entra no táxi

= Alameda – 555...

Antes que termine de dar o endereço sente alguém que com bastante pressa a segura pelo braço puxando-a forte, ela sai do táxi a força estando do lado de fora fica paralisada diante da voz forte do homem que ordena: ~~Vêm conosco! Em silêncio. Liliel olha pelo vidro do carro e vê dois homens que parecem gêmeos. Usando roupa preta como as roupas dos punks e não possuem olhos, só as órbitas. Liliel logo entende que se trata de asseclas de Azieel. Pensa rápido e mede assim meio por alto, pela janela do automóvel, tendo uma visão de sua altura e a do homem que a segura... O outro está um pouco afastado, nem passa pelos seus neurônios que uma moça indefesa* possa fazer algo contra dois brutamontes.  Olhando-os pelo reflexo, Liliel age rápido, passando o braço direito pelo pescoço do homem que a segura, rodando-o numa gravata e o traz para frente, batendo com a cabeça dele no taxi fazendo-o desabar no chão perante a surpresa. O próximo pegou um canivete no bolso intimidando-a, a acompanhá-lo. Liliel sabendo que nenhuns dos dois querem matá-la e sim levá-la com eles. Desfere um golpe rápido com as costas da mão com o punho fechado, em um giro de arco na mão do punk fazendo-o soltar a arma com a forte dor causada em seus metacarpos, enquanto ele segura o pulso xingando, ela gira-lhe o braço imobilizando-o e com um golpe por trás Na curva das pernas o faz cair de joelho, ele a puxa por cima da cabeça jogando longe de costas no chão, em uma cambalhota ela levanta e chuta a cabeça dele, enquanto ainda estava levantando fazendo-o cair e continua a chutá-lo no rosto até que perde os sentidos. Ela os abandona e corre para o taxi. O Taxista que ainda a esperava para a corrida, pergunta ainda incrédulo:

- Que foi aquilo moça?

Liliel que está completamente exausta pela sua primeira luta depois que aprendeu “defesa pessoal” respira fundo e responde quase soprando o ar dos pulmões: = Queriam me levar com eles! A cidade é Baltimor

- Moça! Mas você não deu mole hem! Não botou o galho dentro. Que agilidade! Você é Tira? Liliel dá um sorriso tímido e responde:

- Não! Sou uma estudante de história no terceiro ano. - Posso perguntar para onde eles queriam levar a senhorita?

= Pode sim. Mas nem eu sei amigo!

Nisso chegam ao final da corrida Alameda 555 - É o endereço de uma casa estilo colonial com varandão, várias estátuas de deuses e anjos. E um belo chafariz com sereias e delfins. Um estilo de arquitetura bem diferente para uma moradia! O taxista diz a Liliel:

- A senhorita reparou que esta residência é um pouco afastada da vizinhança? Têm certeza que irá ficar bem? Quer que eu espere a senhorita? Liliel olha para a casa fechada... Olha para o Taxista... e pergunta:

= Qual é o seu nome?

- Me chamo Pepino senhorita. = Pois bem Pepino! Nesta casa mora uma das pessoas que eu mais odeio neste mundo, mas com certeza ele não me fará mal algum.

Ela fala com certa melancolia enquanto paga a corrida.

= Obrigada pepino por ter me esperado.

- Que isso senhorita, fiz minha obrigação, Mas estou muito envergonhado, só fiquei ali morrendo de medo... E nem te ajudei. Você que deve me desculpar.

O Motorista retira do porta-luvas um cartão de visitas da cooperativa do taxi e entrega a Liliel.

– Aqui meu cartão se precisar, me chama virei correndo.

= Obrigada Pepino vai devagar! Presta atenção na estrada. .

- Sou cauteloso senhorita.

Liliel apanha a mochila e caminha para entrada da casa. Está um silêncio absoluto, só então ela nota que o chafariz está desligado, fica apreensiva... Ele NUNCA desliga o chafariz.

Olhando para os lados apreensiva Liliel chega até a porta, bate, chama;

= Jahel! Você está em casa?

Chama várias vezes, dá a volta, tenta espiar pela janela... Um homem com um cão, encostado no muro de pernas cruzadas e fumando a observa em silêncio. Fica olhando a moça esgueirando-se, ele pisa no cigarro ainda pela metade apagando, aproxima-se e pergunta assustando-a

- Senhorita o que faz ai? Não tem ninguém em casa. .. = B...Boa noite senhor! Sabe me dizer para onde foi o rapaz que mora aqui? Deveria estar me esperando.

O homem se aproxima segurando bem curta a correia do cão. Liliel fica pronta para defesa porque o homem poderia responder de onde estava... - Não se assuste senhorita Rex não ataca, não sem minha ordem. Ela sorri tímida e quando vai dizer algo... O homem fala baixo olhando para os lados como se tivesse receio que escutem o que ele vai dizer... – Senhorita, alguns homens mal encarados vestidos como punk, estiveram aqui e levaram o seu amigo a força. Mais tarde esteve aqui o Victor um amigo do Jahel fechou a casa e disse que daria parte as autoridades. Mas até agora não esteve nenhum policial aqui. = O senhor sabe onde poso encontrar o Victor?

- Sim, á dois quarteirões daqui ao cruzamento da Alameda com a S’ant Louige, no sobrado da esquina. A moça agradece e vai para casa do Victor, está procurando uma campainha ou interfone quando ouve atrás de si uma voz forte, um pouco rouca.

/– O que deseja senhorita? Ela se vira de sobressalto, pois estava com a mão para dentro do portão procurando campainha.

= Boa noite senhor! Procuro Victor!

/- Acaba de encontrá-lo o que deseja? Nesse momento Victor reconhece Liliel. Mesmo com os cabelos maiores e mais ou menos presos em um rabo-de-cavalo.

/– Tereza! Como você está? E seu bebê? - pssiu uuuuu!

Faz ela prendendo o ar, apenas com o dedo sobre os lábios e olhando furtiva para os lados.

= Como me conhece?

Victor dá um sorriso de cumplicidade acalmando-a. /- Sou o médico que cuidou de seus ferimentos quando você amputou suas asas e diagnostiquei sua gravidez. Onde está... Munfhhh...

Liliel cobre-lhe a boca e faz com uma ação rápida

= shiuuuuuuu... Cale-se! Onde está Jahel? Preciso dele! Victor abaixa a cabeça e olha-a pesaroso.

/- Ah Moça! Nosso amigo foi levado... Vamos entrar que lhe explico.

Entram pela garagem, sobem rápido, os degraus da escada de serviço e entram em uma grande sala de estar.

/– Senta Tereza!

Ela põe a mochila no chão e se acomoda em uma poltrona, toda encolhida, bastante apreensiva com o que Victor irá relatar... Ele começa:

/- Á três dias atrás, vieram aqui alguns homens vestidos de negro , tipo dark, sei lá! E levaram Jahel à força... Bem eles acharam que fosse que os estavam forçando..

= Como assim acharam? /- Antes que o levassem ele conseguiu me dizer que eram anjos renegados e que queria ser levado para encontrar de uma vez o tal do chefe das Sentinelas.

=Meu Deus! Liliel sentiu um nó na garganta. Se sentido sufocar. Procura suas coisas para ir embora. É assim que reage quando está acuada ou a beira de algo desconhecido. Victor mantém o olhar preso em Liliel como se olhar para ela pudesse ampara-la, Ela parecia pedir socorro perdida como se não soubesse que rumo tomar. (Liliel se sente assim quando precisa tomar decisões) Tentando quebrar aquele silêncio que parecia não ter mais fim e notando seu choro silencioso pergunta solícito:

/- Posso ajudar em alguma coisa Tereza? = Não Victor! Só Jahel possui a arma capaz de matar um anjo, seja ele celeste ou demônio. E não sei onde poderei procurá-lo. Ele talvez já esteja morto e ao lado de sua Shally. Obrigada Victor! Preciso ir.

/-Para onde vai Tereza?

=Para minha casa. Boa noite! Victor levou-a a te à porta, também sentia aquele peso de inutilidade. Dá um tímido sorriso e oferece seus préstimos a qualquer hora em que for preciso. Antes de sair, Liliel vira-se com aquela força que "balança mais não a deixa" e diz com convicção:

= Sabe de uma coisa Victor? Vou procurá-lo!

O Rapaz se ilumina, tomado de uma alegria infinita e completa:

/-Vou com você Tereza! = Não Victor! Agradeço! Mas você é mortal! Nós pelo contrário, somos imortais até sermos ferido com o punhal sagrado dos Arcanjos.

Victor entende a moça e pede que o mantenha informado se souber de Jahel. Ela agradece mais uma vez e vai embora. Desce rapidamente as escadas por onde subiu ao chegar á rua notou que soprava um vento gelado. Volta para garagem esquivando-se, fica ali por uns instante de um local privilegiado de onde podia ver tudo...Em silêncio.,, Esperando! Passaram vários vultos por ela mais não a detectaram, porque ela não possui asas. Liliel continuou ali no escuro até que se sentiu sem perigo próximo. Saiu, olhou a rua que a levava para casa, refletiu um pouco e clamou por Argus seu amor que foi levado pelo anjo da morte.

= "Argus meu amor de onde estiver, ajude-me!

Subirei a montanha para encontrar a cidade de Stygiam

O local da fortaleza das sentinelas.

O que eu procuro só pode estar lá....

Esteja comigo meu querido amor!

Passarei a noite inteira na montanha

E manterei a fogueira acesa para você,

Olhe em frente e me encontrarás.

Pense em nosso infinito amor que encontrarás minha direção.

Proteja-me mais uma vez meu bem querer!

Prometa-me que se o vento frio passar por minha vida

Estarás me esperando e acenderás para mim o fogo do amor eterno,

Ensinando-me a trilhar o caminho para luz,

Porque agora minha alma calejada só conhece escuridão.

Que a Luz do seu lado Anjo brilhe mais uma vez.

Amém!

Terminando o clamor, prepara-se para subir a montanha que a levará a Stygiam, onde se encontra Azieel e toda sua falange das sentinelas. Liliel está sozinha e não conhece a montanha, mas tem coragem precisa chegar até lá e encontrar Jahel e ajudá-lo com o que planejaram antes..

No sopé da montanha existe uma espécie de hotel com posto de gasolina e loja de conveniências, ela vai até lá precisa de provisões para passar a noite. Entra na loja e todos a reparam vestida desse jeito. Talvez achem-na uma "sexy rocker" a procura de aventura.

Liliel olha as pessoas com um sorriso delicado e passa entre todos indo sentar em um cantinho junto a janela. De onde avista umas crianças brincando em uma pracinha. Fica a olhar pensando em sua criança. Nesse momento ouve o barulho de algo caindo, vira-se delicadamente e na mesa ao lado tem um rapaz que jogou-se na cadeira como se estivesse em sua própria casa. O que ela não sabe e nem imaginaria, é que, ele simplesmente passa o tempo inteiro sentado nesse mesmo lugar depois da aula, dia após dia fitando o vazio e pensando em algo que Liliel com certeza não gostaria de querer saber. Liliel sorriu cumprimentando, pois ele estava a seu lado. Depois ficou completamente imóvel, o próximo passo teria que ser do rapaz, ela já havia sorrido e de nada adiantou. Liliel funga discretamente querendo distinguir o cheiro do desconhecido, não era cigarro era algo mais intenso. Olha o relógio de parede, tamborila no ritmo dos segundos, finca o cotovelo na mesa e apóia o queixo, solta um suspiro. Os olhos dela estavam fixos em frente, mas escutou quando ele deslizou a caneta em um papel qualquer... A moça está sentada ao lado dele à dez minutos e não se dirigiram a palavra. Ela dá uma olhadinha indiscreta ao lado e nota que já havia várias linhas e continuava crescendo. Então arrisca uma pergunta:

= Você é escritor? //Oh! Ela fala!

Disse o rapaz de cabeça baixa enquanto continuou a rabiscar em um suave mais descuidado movimento. = Oi, sou Tereza!

Ele levanta a cabeça e olha para ela.... Liliel sentiu algo inexplicável, porque os olhos negros dele atravessaram-na como um facho de energia, e os cantos de sua boca se ergueram. Um sentimento sinistro e desesperador fizeram o coração de Liliel parar por uns segundos. O sorriso dele não era amistoso, a envolvia como uma sombra. Um sorriso que dizia problemas garantidos. Passou depois de alguns segundos, mas a moça continuava a encará-lo. *= "Será esse o tal de Azieel"?

Pensou Liliel. E arriscou uma nova pergunta:

= Como é o seu nome?

Ele deu outro sorriso sinistro, esse parecia querer desafiar Liliel. Mas a moça não teme.

= Como se chama?

Ela perguntou novamente torcendo para que aquela vacilação que ela sentiu na sua voz fosse apenas fruto da imaginação. Enfim ele responde:

// Pode me chamar por Samael,

Ele piscou ao falar, isso fez Liliel pensar que ele estivesse debochando dela. Fingiu não entender e pergunta a ele amigavelmente.:

= O que voce faz em seu tempo livre Samael? // Eu? Eu não tenho tempo livre!

Acabou de falar deixou a caneta e o papel na mesa e recostou-se na cadeira cruzando os braços atrás a cabeça, Liliel convencida de que aquele estranho está sendo sarcástico tenta mudar de assunto. Ela precisa estar atenta a tudo para saber se ele é a (Prole do Demônio).

= Eu disse tempo livre...

Samael a cortou antes que terminasse a frase dizendo:

// Eu sou caçador de Anjos!

Liliel sentiu-se desfalecer. Firmou os olhos nele para que não percebesse e disse:

= Não estou de brincadeiras rapaz...

Ele continuou calmamente

// Ainda não acabei de falar! Eu tenho uma coleção de asas exemplar. Estou aqui justamente para caçar alguns anjos depois vou para aquela cidade grande que começa com N. Como é mesmo o nome? Liliel encara o rapaz por uns momentos visivelmente abalada. Sem saber se deveria afastar-se e demonstrar medo, ou reagir e fingir tédio. Prefere a segunda opção. Enquanto pensa no que fará Samael retruca com calma:

// Fazer julgamentos apressados é a sua terceira maior fraqueza. = E a segunda?

Liliel indaga contendo a ira e querendo identificar que tipo de homem era aquele e por que fazia piadas com ela. Ele respondeu novamente calmo:

// Você não sabe confiar. Não! Você não confia! Pena que voce faz isso só nas pessoas erradas.

= Ah tá! E a primeira?

Questionou Liliel com defesa aguçada. // Você vive com rédeas curtas.

= O que isso quer dizer?

// Que você teme o que não controla.

Liliel sentiu um arrepio tão forte como se a temperatura da sala tivesse congelado. Em outra situação ela teria levantado e ido embora, mas se recusava a deixar que Samael pense que estava conseguindo assustá-la. Resolveu então se defender, embora ela esteja sentindo uma vontade irracional de não recuar antes dele. De repente ele pergunta:

// Você dorme nua?

Liliel sentiu o queixo cair, mas manteve o moral.

=Você nem de longe é a pessoa para quem eu responderia isso. // Humm... Isso quer dizer um sim! Voce Já fez terapia?

= Não!

Ela mentiu claro. E ele sorriu descaradamente.

// Voce Já fez algo ilegal moça?

= Não! Por que voce não me faz uma pergunta normal? Como; O que faço tão longe da cidade.

// Oras!! Para que vou perguntar o que posso deduzir.

= Deduzir? Mas você não sabe nem pode deduzir o que estou fazendo aqui!

// Bem... Para começar: Vai encarar o maior perigo de sua vida.

= Errou feio!

Liliel menti, mas essa mentira fez com que subisse um calafrio por toda sua pele.

*= "Quem é ele na verdade? O que mais ele saberia"? // Porque ainda usa esse anel?

Perguntou Samael sarcástico. Instintivamente Liliel recua. = Eu gosto!

Seus olhos se encontraram e Liliel podia sentir que ele ria dela...

// Aonde está o seu marido?

Mas uma vez um... Salto do coração... Mas ela responde

= Foi assassinado!

Por uns instantes sentiu que a sátira no olhar de Samael cedeu um mínimo. Ele se levantou e caminhou até a saída.

// Hei Samael! Liliel o chama!

Ele nem se virou e já estava saindo Liliel insistiu e se ele for o Azieel?? = Samael! Não consegui saber nada de ti!

Aquele ser misterioso de órbitas negras deu meia volta olhou-a nos olhos e disse sem cerimônias... // Para quê voce quer saber sobre mim? Não somos íntimos. Eu não te conheço. Liliel ficou imóvel tentando digerir todo o acontecido. Samael ia lá à frente deixando-a atônita. Ele tinha um andar extremamente bonito e irritantemente confiante. Como aqueles homens que combinam tudo, das roupas ao corte de cabelo. Como um modelo metrossexual Mas Samael não combinava nada: Usava jeans Lewis, camisetas escuras, botas escuras e um cachecol que dava um nó no pescoço escondendo um pouco de seu peito que aparecia na camisa aberta. *= "Por que será que essa peste me provoca calafrios? Cheio de não me toques.".. pensa a moça fazendo nhem, nhem, hnêm... Tentando imitar a voz baixa dele. E continua a pensar na figur que acaba de deixá-la depois de falar dela como se a conhecesse...

*= "Só sei que seu nome é Samael e que ele é alto moreno e desagradável, seus olhos são como órbita negras, impiedosamente impenetráveis, absorve tudo que vê em nós e não dá nada em troca como qualquer pessoa que cruza olhares conosco".. Ela deu de ombros comprou suas provisões um cobertor. Quando foi pagar pelos pertences, o Barman avisou:

- Cuidado com a noite senhorita ela nos prega peças. Liliel agradeceu e rumou para o caminho da subida da montanha. Deu os primeiros passos bastante segura... Mas a segurança se esvaiu quando avistou á uns 30 m. a sua frente, a figura de Samael encostado em uma árvore. Sua segurança diminuía cada vez que se aproximava de Samael. Liliel percebeu que havia algo diferente nele. Não sabia exatamente o quê, mas parecia ser uma espécie de eletricidade. Hostilidade ou confiança? E aqueles olhos negros estavam dando nos nervos, pareciam dois imãs que imantava cada movimento dela. Liliel engole seco e tenta disfarçar o frio na barriga. Tinha algo errado em Samael, ele não era normal. Algo não era “seguro". Parou á sua frente. Houve um silêncio desconfortável antes que um deles se mexesse. O impulso de ter medo atravessou a pequena Nefilin, mas ela disse assim mesmo:

*="é isso que ele pretende assustar-me",

Liliel tentou manter-se firme, tentou deixar transparecer apenas qque estava incomodada com a presença dele .

= O que faz aqui?

Perguntou ela . O misterioso homem chegou mais perto e disse algo que nada tinha a ver com a pergunta dela.:

// Seus olhos, esses olhos dourados, tão pálidos e frios são surpreendentes!

Liliel dá um passo para trás desconcertada e diz.

= É isso, eu vou embora!

Ele a segura pelo pulso e sorri sarcástico quando pergunta:

// Por quê?

Liliel foge do olhar dele porque ela sabe que esse olhar tenta descobrir seus pensamentos. - porque esse homem age como se Liliel tivesse feito alguma coisa a ele para merecer toda essa ironia, esse sarcasmo mórbido? Por que ele zomba dela? Liliel puxa o braço soltando-se, uma fagulha de ódio percorre seu corpo Quando ela responde: = Por que?? Porque você parece saber muito de mim, aliás! Sabe exatamente o que dizer para fazer com que eu me sinta mal. -

// Você ajuda!

Retruca Samael ao ver os olhos dela cintilarem de raiva..

= O que? Então voê faz de propósito... Isso? // Isso?

= É isso... Me provoca o tempo todo. // Diga "provoca" de novo! Sua boca carnuda fica provocante quando diz isso!

Liliel treme de raiva. Fica sem ação uns instantes depois reage. = Chega!! Termine logo o que quer dizer ou fazer, mas te aviso uma coisa! Eu sei me defender. Samael achou tão engraçado que chegou a mostrar os dentes dessa vez quando riu. Estendeu a mão na direção dela para retirar do seu rosto alguma coisa que ele jogou no chão, ao aproximar a mão Liliel viu uma marca do lado interno no seu pulso, uma marca que a principio pareceu uma tatuagem, era um círculo com o formato de uma gota de tinta. Para quebrar aquele momento íntimo e crucial Liliel fala com desprezo

= Lugar infeliz para ter uma mancha de nascença! Por que precisava ser justamente igual a minha?... Samael abaixa a manga da camisa rápido como para esconder e volta ao seu costumeiro sarcasmo: // O que foi? Voce gostaria que ela fosse em um lugar mais íntimo? Diante do abuso do rapaz Liliel recobrou sua raiva deu-lhe as costas e foi embora dizendo:

= Não ligo para que lugar se localize sua marca de nascença, só não queria que tivéssemos uma idêntica. É muita sacanagem do destino.!

Ela finda a conversa e vai andando rápido sem olhar para trás. Só tem um porém, Ela não poderia subir a montanha com aquele intruso olhando. Liliel chuta o chão com raiva e vai para o hotel...

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